Partido cogita escolher candidato a vice entre os próprios filiados ou adiar o registro da chapa no Tribunal Superior Eleitoral a fim de tentar negociar coligação com outra sigla.
O PDT oficializa nesta quarta-feira (20), em convenção nacional da sigla na sede do partido, em Brasília, a candidatura de Ciro Gomes (CE) à Presidência da República.
Ciro Gomes será o primeiro pré-candidato a presidente a ter a candidatura homologada. O calendário estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê o período entre 20 de julho e 5 de agosto para a realização das convenções partidárias que oficializam as candidaturas.
O pré-candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, durante visita a Salvador no último dia 2 — Foto: Reprodução / YouTube
Após a convenção, os partidos ficam aptos a registrar a candidatura no TSE, último passo para a oficialização do candidato. O prazo para isso se encerra em 15 de agosto.
Esta é a quarta vez que o ex-governador do Ceará concorrerá à Presidência. A campanha de Ciro Gomes afirma que a decisão pela escolha da primeira data do calendário para oficialização da candidatura foi tomada com o objetivo de “aproveitar ao máximo o período eleitoral” – as campanhas, porém, só poderão se iniciar em 16 de agosto.
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Veja a íntegra da entrevista de Ciro Gomes a Renata Lo Prete na série do g1 com pré-candidatos a presidente
Vice
Sem aliança com outros partidos, o PDT ainda não definiu quem irá ocupar a vaga de vice-presidente na chapa encabeçada por Ciro Gomes.
O partido e a campanha trabalham com duas opções:
- encaminhar, durante a convenção, o início das tratativas para a escolha de uma candidatura a vice-presidente do próprio partido;
- ou adiar a escolha e o registro da candidatura no TSE para tentar negociar o ingresso de outras siglas em uma eventual coligação.
O edital de convocação da convenção nacional do partido prevê que os dois itens serão discutidos durante o encontro desta quarta (20).
A coligação consiste na união de dois ou mais partidos e possibilita às legendas, entre outros pontos, um incremento no tempo de propaganda gratuita na TV e no rádio e mais recursos no fundo eleitoral. A aliança é permitida apenas para as eleições majoritárias — ou seja, para presidente, governador, senador e prefeito — e pode ser desfeita ao final do pleito.
Na primeira eleição pela sigla, em 2018, Ciro concorreu em aliança com o Avante. Neste ano, a sigla tem como postulante a presidente o deputado federal André Janones (MG), cuja candidatura deve ser oficializada no próximo sábado (23).
Trajetória política
Filho de político, Ciro Gomes é formado em direito. Foi advogado e professor universitário.
O PDT é o sétimo partido de Ciro Gomes. Antes, passou por PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e Pros.
Confira a trajetória política do presidenciável do PDT:
- Deputado estadual – Em 1982, se elegeu deputado estadual no Ceará pelo extinto PDS, reeleito em 1986.
- Prefeito – Dois anos depois, em 1988, deixou o mandato para disputar a Prefeitura de Fortaleza (CE). Eleito, permaneceu pouco mais de um ano como prefeito deixou o posto para concorrer e ser eleito governador do Ceará.
- Ministro – Como governador, também não completou o mandato. Em 1994, assumiu, por quatro meses, o Ministério da Fazenda do governo Itamar Franco (MDB).
- Primeira candidatura a presidente – Quatro anos depois, em 1998, concorreu à Presidência pelo PPS. Ficou em terceiro lugar, com 10,9% dos votos.
- Segunda candidatura a presidente – Na segunda tentativa, em 2002, repetiu a candidatura pelo PPS. Com 11,9% dos votos, ficou em quarto lugar.
- Ministro – Chefiou a pasta da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
- Deputado federal – Em 2006, foi eleito deputado federal pelo PSB e concluiu o mandato em 2010.
- Secretário de Saúde – Em 2013, assumiu a Secretaria de Saúde do Ceará no governo do irmão, Cid Gomes.
- Terceira candidatura a presidente – Cinco anos depois, em 2018, disputou a Presidência. Ficou em terceiro lugar, com 12,47% dos votos.
- FONTE:G1