Um terço dos Estados e oito das 26 capitais do país anunciaram ou já estão oferecendo programas de transferência de renda
Em meio à espera do pagamento do auxílio emergencial da União, pelo menos um terço dos Estados e oito das 26 capitais do país anunciaram oficialmente ou já estão oferecendo programas de transferência de renda como forma de mitigar os efeitos da pandemia. Os auxílios são considerados instrumentos para dar meios à população de seguir as regras de isolamento social num momento em que elas se tornam ainda mais rígidas com a escalada de casos de covid-19. Conjuntamente, os programas devem pagar este ano montante superior a R$ 1 bilhão e revelam uma diversidade nos valores e no recorte de beneficiários.
Há desde programas com recortes mais amplos num determinado nível de renda de famílias inscritas no Bolsa Família, como o programa da cidade de São Paulo ou do Estado do Pará, até programas que focaram em determinados grupos na tentantiva de mitigar prejuízos com medidas de isolamento social. É o caso de Estados como Piauí e Ceará, que têm projeto ou já aprovaram leis para dar auxílio, entre outros, a trabalhadores de bares e restaurantes que ficaram desempregados.
As diferenças nos valores e formatos de pagamento também chamam a atenção. O município de São Paulo deve pagar este ano três parcelas de R$ 100 enquanto o Estado do Pará já iniciou pagamento de parcela única de R$ 100. Em Niterói, no Rio de Janeiro, a parcela mensal é de R$ 500 mensais desde abril do ano passado. Salvador tem pago há dez meses parcelas mensais de R$ 270. A previsão legal é de que o benefício da capital baiana vá até este mês, mas a perspectiva é de prorrogação por pelo menos mais três meses, segundo a secretária de Fazenda do município, Giovanna Victer.
FONTE: VALOR ECONOMICO