
Cinco dias depois do assassinato do presidente Jovenel Moise, a polícia começa a encaixar as primeiras peças do quebra-cabeça: 28 suspeitos foram identificados.
Um crime cercado de mistérios. Como os assassinos tiveram acesso à residência oficial do presidente do Haiti? Quem financiou a operação? Cinco dias depois do assassinato de Jovenel Moise, a polícia começa a encaixar as primeiras peças desse quebra-cabeça. Vinte e oito suspeitos foram identificados: oito estão foragidos, três foram mortos e outros 17 estão presos. Desses, 15 são colombianos e dois, americanos de ascendência haitiana.
Foram os dois americanos de ascendência haitiana que, na noite do crime, anunciaram em um megafone que a invasão era uma operação da DEA, a Agência Americana de Combate às Drogas. Um dos suspeitos disse à Justiça que entrou para o grupo depois de ter respondido a um anúncio de emprego na internet meses atrás. Já os colombianos seriam ex-militares – contratados pela experiência no combate às guerrilhas. Mas contratados por quem? Ainda não está claro.
Um relatório da Universidade Harvard, publicado em abril, mostrou evidências de que o governo Moise fornecia dinheiro e armas para milícias aliadas. Uma dessas milícias tem como líder Jimmy Cherisier, conhecido nas ruas como Barbecue – em português, “churrasco”.
A equipe do documentário “Haiti: gang law” conseguiu autorização para acompanhá-lo, em maio de 2021. Segundo autoridades haitianas, Barbecue está frente do grupo armado mais perigoso do Haiti. Saiba mais sobre esse país dominado por gangues e milícias
FONTE; G1