Em outros 74 municípios do estado, situação é considerada crítica, segundo levantamento feito em 173 das 184 cidades do Ceará.
Com a alta demanda por oxigênio hospitalar, algumas cidades estão em situação crítica por falta de garantia do produto, fundamental para tratar pacientes em estado grave da Covid-19. Um levantamento da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) mostra que já ocorre uma cidade de colapso em município do estado.
Segundo o estudo da associação feito em 173 das 184 cidades do Ceará, os municípios estão na seguinte situação em relação ao estoque e fornecimento de oxigênio hospitalar:
- 74 municípios (40,22%) estão em situação crítica; o estoque é baixo, mas suficiente para manter atendimento dos pacientes, caso a demanda não aumente de forma brusca.
- 67 cidades (36,41%) em condição normal, mas no limite; a cidade tem oxigênio suficiente para atender os pacientes hospitalizados, mas não tem capacidade de receber mais pessoas.
- 10 (5,43%), em colapso.
- 22 (11,96%), em outras situações.
A Aprece afirma que as cidades já foram alertadas por fornecedores sobre as dificuldades em garantir o abastecimento do oxigênio hospitalar.
Ainda de acordo com a associação, a situação de cada cidade em relação ao abastecimento de oxigênio é feito com base em avaliação de cada gestão, mas não há estudo técnico apontando a gravidade da crise.
Colapso em Manaus
Em janeiro, Manaus sofreu colapso no sistema de saúde com a falta de oxigênio — Foto: Profissão Repórter
Em janeiro, a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou a cidade a um cenário de caos: com recordes nos casos de Covid, a cidade precisou enviar pacientes que dependiam dele para outros 6 estados. Parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria.
Em estado grave da Covid-19, as pessoas têm dificuldade para respirar de forma natural e precisam de oxigênio hospitalar para sobreviver.
Responsabilidade das prefeituras
Para o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, é necessário que as prefeituras assumam suas responsabilidades como partes do sistema único de saúde e também que as empresas deem mostras de responsabilidade social para que não haja falta de oxigênio hospitalar nas unidades municipais.
“Nós queremos prevenir mortes de pacientes por falta de oxigênio. Se elas acontecerem por ação ou omissão de pessoas físicas ou jurídicas, nós vamos agir para promover as responsabilidades em todos os campos. O que mais desejamos que todos se esforcem, cumpram suas responsabilidades e que ninguém morra por falta de oxigênio, como infelizmente ocorreu no Amazonas”, disse Pinheiro
.FONTE;G1