Manaus registra a maior cheia de sua história, desde o início dos registros em 1902.
O nível do Rio Negro alcançou 30 metros neste sábado (5), ultrapassando em 3 centímetros a cota recorde registrada no ano de 2012. Com isso, Manaus registra a maior cheia da história, desde o início dos registros em 1902.
Na capital, mais de 24 mil famílias foram prejudicadas pela inundação em pelo menos 15 bairros, de acordo com a Defesa Civil. Em diversos pontos, a circulação de pessoas ocorre somente por meio de passarelas.
- FOTOS: Cheia do Rio Negro alcança recorde histórico em Manaus
- ENCHENTE RECORDE: Rio Negro sobe e Manaus registra a maior cheia da história
O centro histórico registra vários pontos de alagamento. A Praça do Relógio e o prédio da Alfândega estão entre os locais mais atingidos.
Nível do Rio Negro sobe e água chega à Praça do Relógio, Centro Histórico de Manaus — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM
A água do rio Negro também invadiu o local onde funcionava a mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna. Como isso, os feirantes foram transferidos para uma balsa.
- Com cheia severa, barcos atracados no centro já alcançam o nível da calçada em Manaus
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Comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções para impedir a entrada da água.
Maiores cheias do Rio Negro
- 2021 – 29,98 m
- 2012 – 29,97 m
- 2009 – 29,77 m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66 m
- 1976 – 29,61 m
- 2014 – 29,50 m
- 1989 – 29,42 m
- 2019 – 29,42 m
- 1922 – 29,35 m
- 2013 – 29,33 m
O novo recorde da cheia do Rio Negro foi batido no dia 1ª de junho, quando o nível chegou a 29,98 metros, ultrapassando em 1 centímetro o recorde de 2012.
A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) era que o rio chegasse à cota máxima de 30 metros A expectativa é que, agora, o nível do rio comece abaixar.
De acordo com o órgão, abaixo dos 27 metros o nível do rio é considerado em patamar normal.
Cidades em situação crítica
Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência.
Em Parintins, por exemplo, o Rio Amazonas já registra a maior cheia da história. Ruas principais da cidade registram pontos de alagamento. Nas comunidades rurais, produtores contabilizam perdas de safras inteiras por conta da inundação das produções.
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Devido à cheia, moradores abandonam casas em Parintins
Em Itacoatiara, vários bairros da cidade estão com as ruas inundadas desde o mês de março. Por conta disso, comerciantes relatam aluguéis atrasados e mercadorias estragam em contato com a água.
Em Manacapuru, na Região Metropolitana, a cheia também é considerada histórica. O Rios Solimões atingiu neste sábado (5), a marca de 20,80 metros, superando o recorde de 2015 em 2 centímetros. O vídeo abaixo mostra ruas completamente alagadas na área urbana da cidade, na quarta-feira (4).
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Com cheia recorde, casas e ruas de Manacapuru ficam debaixo d’água
Já em Anamã, a situação é ainda mais crítica. O município, a 165 quilômetros de Manaus, recebeu uma balsa hospital para atender a população depois que a subida do rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura e os atendimentos foram suspensos. São 9.570 pessoas afetadas.
FONTE: G1