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Previsão é a de que bandeira tarifária vermelha patamar 2 seja aplicada a partir de julho até novembro deste ano. Cobrança passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29) o reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 – cobrança adicional aplicada às contas de luz realizada quando aumenta o custo de produção de energia. A cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos – alta de 52%.
Nesta segunda-feira (28) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento na televisão em que afirmou que o país passa por um momento de crise hídrica e pediu uso “consciente e responsável” de água e energia por parte da população. O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos (veja mais abaixo).
![Ministro de Minas e Energia admite crise hídrica e pede uso 'consciente' de água e energia Ministro de Minas e Energia admite crise hídrica e pede uso 'consciente' de água e energia](https://s01.video.glbimg.com/x240/9643324.jpg)
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Ministro de Minas e Energia admite crise hídrica e pede uso ‘consciente’ de água e energia
O novo valor entra em vigor a partir de julho, conforme informou a Aneel na última semana. O último reajuste do sistema de bandeiras tarifárias foi feito em 2019.
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![VÍDEO: Racionamento de 2001 – Relembre momentos-chave da crise hídrica no governo FHC VÍDEO: Racionamento de 2001 – Relembre momentos-chave da crise hídrica no governo FHC](https://s02.video.glbimg.com/x240/9641013.jpg)
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VÍDEO: Racionamento de 2001 – Relembre momentos-chave da crise hídrica no governo FHC
Crise Hídrica
A previsão é a de que a bandeira vermelha patamar 2 vigore, no mínimo, entre os meses de julho e novembro de 2021. O motivo é a pior crise hídrica dos últimos 91 anos.
Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – estão com 29,4% da capacidade de armazenamento, e não há perspectiva de chuva forte nessas regiões até meados de outubro.
![A situação dos reservatórios em junho de 2021 — Foto: Arte/G1](https://s2.glbimg.com/-nZMLlWyDMiYK0WALpUBcH_-p30=/0x0:1200x2158/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/l/o/LpHAA9QseBKAY1OhXZDA/23-06-reservatorios.jpg)
A situação dos reservatórios em junho de 2021 — Foto: Arte/G1
As usinas termelétricas – mais caras e poluentes – estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Por isso, houve aumento no custo da geração de energia – estimado em R$ 9 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia, valor que é repassado para os consumidores.
Apesar da crise hídrica, o governo descarta o risco de apagão e de racionamento de energia em 2021.
Impacto na conta de luz
O reajuste anunciado pela Aneel nesta terça (29) impacta o valor final da conta de luz. André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), afirma que um reajuste médio de 15% na bandeira tarifária tem um impacto médio de 5% na conta de luz.
Já uma alta de 5% na conta de luz aumenta, em média, em 0,2 ponto percentual a inflação.
![Entenda a sua conta de luz Entenda a sua conta de luz](https://s01.video.glbimg.com/x240/9620044.jpg)
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Entenda a sua conta de luz
Bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia.
A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas.
Com os reservatórios baixos, a previsão é a de que o custo da energia aumente, pois é necessário o acionamento de mais usinas térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2).
O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o consumo para evitar pagar uma conta de luz mais cara.
Antes do sistema de bandeiras, o custo do acionamento extra das térmicas era repassado somente no ajuste anual das tarifas, o que acarretava na cobrança de juros e correção monetária, penalizando o consumidor.
FONTE; G1