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Na tarde desta sexta-feira (18), a Defesa Civil voltou a acionar sirenes na cidade por conta da forte chuva que caía por volta das 19h40.
As tentativas de encontrar sobreviventes e resgatar corpos de vítimas da chuva em Petrópolis seguem neste sábado (19). É o quinto dia de buscas ligadas à tragédia, que até a noite de sexta-feira (18) deixou 136 mortos, mais de 200 desaparecidos e 967 pessoas desabrigadas.
As equipes do Corpo de Bombeiros se dividem em três áreas principais — os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas. O posto de Comando Central está localizado no 15º Grupamento de Petrópolis.
Durante a sexta-feira, a população do município temeu que novos deslizamentos pudessem acontecer. Isso porque voltou a chover forte na cidade no início da noite. Sirenes no primeiro distrito foram acionadas, mas por volta das 21h30 a chuva deu uma trégua.
Para este sábado, a previsão é de que chova ao longo dia. O Climatempo tempo prevê que o dia deve ser de sol, com muitas nuvens e com períodos nublados, com chuva a qualquer hora. O volume de precipitação pode chegar a 22 milímetros ao longo do dia.
Números da tragédia (até 0h de sexta-feira):
- Mortos – 136
- Desaparecidos – 213
- Desabrigados – 967
Perfil das vítimas fatais
O Instituto Médico-Legal (IML) em Petrópolis informou que, dos 136 mortos, 81 são mulheres e 50 homens, sendo 22 menores de idade. Ao todo, 89 corpos foram identificados, e outros 69 liberados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.
O IML recebeu ainda partes de outros três corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher. Por isso, será preciso fazer a coleta de material genético de parentes para tentar identificar as vítimas.
Até quinta-feira (17), o IML tinha apenas um caminhão frigorífico para armazenar os corpos. Na sexta, o órgão passou a contar com dois caminhões e dois contêineres frigoríficos.
Com o tempo instável em Petrópolis, o coronel Leandro Monteiro, secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros, explicou que não pode avançar com máquinas pesadas, como tratores, em qualquer lugar.
“Nesses locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali”, afirmou Monteiro. “Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem”, acrescentou.
Monteiro detalhou o protocolo dos bombeiros: “Temos uma técnica para este tipo de desastre. Primeiro, precisamos de silêncio. É um trabalho manual, chamamos as pessoas pelo nome, depois passamos com os cães treinados para encontrarem pessoas vivas, e depois os bombeiros passam fazendo mais um chamado pelo nome”.
Fotos de sexta-feira
![Casa caiu, restou apenas o banheiro — Foto: Marcos Serra Lima/g1](https://s2.glbimg.com/SNH1BEx_hMvC-ry4-y11i8O_okM=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/c/I/WmTFK5TnKShoGOjYMjRA/dsc9053.jpeg-.jpg)
Casa caiu, restou apenas o banheiro — Foto: Marcos Serra Lima/g1
![Pás são vistas sobre colchão durante trabalho de buscas em Petrópolis nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1](https://s2.glbimg.com/MfUSs4xlY58J3wwc4aXyd56K88E=/0x0:1569x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/y/3/fuVncISSecyWrimSNJ3A/dsc9089-edit-36281729264255.jpg)
Pás são vistas sobre colchão durante trabalho de buscas em Petrópolis nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
![Casa no alto do Morro da Oficina, em Petrópolis, que não foi arrastada pelo temporal — Foto: Marcos Serra Lima / g1](https://s2.glbimg.com/oyO2OeE-cG70ExINPm-44O9J6PU=/0x0:1600x1200/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/J/G/Y6A8x6QnaQ3KLuzEprlw/casa3.jpeg)
Casa no alto do Morro da Oficina, em Petrópolis, que não foi arrastada pelo temporal — Foto: Marcos Serra Lima / g1
![Casa destruída pelo deslizamento é vista no morro da Oficina, em Petrópolis (RJ), nesta sexta-feira (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1](https://s2.glbimg.com/0PdF4K2o9QIqWsMUr0_BB1-hDpI=/0x0:5120x3840/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/J/W/ZhAHNJQlAPcUyaRqEEUg/img-20220218-102610-edit-28029463813431.jpg)
Casa destruída pelo deslizamento é vista no morro da Oficina, em Petrópolis (RJ), nesta sexta-feira (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
![Mecânico voluntário busca por corpos sozinho em área de risco em Petrópolis (RJ) nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1](https://s2.glbimg.com/mU1Q8NgliYdncaf85JoQN2KbVXg=/0x0:1384x948/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/k/Q/z4QZyASNAe7Rn3JzbLRg/dsc8808-edit-27857194063457.jpg)
Mecânico voluntário busca por corpos sozinho em área de risco em Petrópolis (RJ) nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Resgates
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 967 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em igrejas e escolas da rede pública municipal.
Entre os sobreviventes, estão os rodoviários que trabalhavam nos dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sair dos veículos com vida.
A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) nesta quinta-feira (17).
FONTE:G1