
Aprovação foi publicada no Diário Oficial desta quinta (30). Gestão municipal diz ser o maior número de blocos na história da cidade. Realização do evento, embora mantida, segue condicionada à situação epidemiológica.
Em meio ao crescimento do número de casos de contaminação pela variante ômicron, a Prefeitura de São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (30), os desfiles de 696 blocos para o carnaval de 2022. A autorização foi publicada no Diário Oficial do Município.
Em nota, a Secretaria Municipal das Subprefeituras ainda celebrou o número, por representar um marcador inédito: segundo a pasta, é a maior quantidade de blocos registrada na história da cidade.
A gestão municipal também afirma que 64 desfiles foram cancelados, sendo 23 deles por não retornarem o contato para o envio de todas as informações.
Embora siga sustentando e avançando nos tramites, a realização do evento permanece condicionada à situação epidemiológica do município no próximo ano: o número de casos, mortes e internações por coronavírus deverá balizar as decisões.
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O bloco do cantor Bell Marques arrastou milhares de foliões neste sábado(29), na região do Parque do Ibirapuera, durante o pós-carnaval de rua de São Paulo. — Foto: Marcelo Chello/Estadão Conteúdo
“Essa é mais uma etapa do planejamento da cidade para o evento, cuja realização depende das autorizações dos órgãos de Saúde que avaliam o cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19”, afirma a Secretaria por meio de nota.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), porém, não determinou quais indicadores pretende usar para decidir se realiza ou cancela a folia na cidade.
No dia 23 de dezembro, a Prefeitura de São Paulo havia informado que 28 blocos cancelaram a participação no carnaval de rua da capital em 2022.
Entre os que já tinham solicitado o cancelamento estavam as cantoras Daniela Mercury (Pipoca da Rainha) e Gloria Groove (Bloco das Gloriosas), a produtora de funk Kondzilla (Bloco do Kondzilla) e o ator e cantor Tiago Abravanel (Bloco do Abrava).
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Artistas cancelaram blocos de carnaval em São Paulo em 2022 — Foto: Reprodução
Nova variante avança
Nesta quinta (30) também foram confirmados mais 52 casos de contaminação pela ômicron na capital paulista. O total, com base nos sequenciamentos feitos pela administração pública, agora chega a 69.
O número, entretanto, tende a ser subnotificado. Laboratórios e intuições privadas apontam que a presença da variante tende a ser maior.
Monitoramento feito pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e atualizado no domingo (26), mostrou que 62% das amostras de coronavírus sequenciadas pela instituição nos últimos 30 dias foram da variante ômicron.
Os dados foram obtidos a partir de uma amostragem de pacientes atendidos em todas as unidades hospitalares e laboratoriais do Einstein, segundo a empresa.
Nos últimos 30 dias, foram 22 casos causados pela variante ômicron e 13 provocados por diferentes linhagens da variante delta, dentre os sequenciados pela instituição.
Nos últimos 7 dias, 80% dos testes positivos analisados pelo Laboratório Mendelics eram da variante ômicron, segundo apuração da GloboNews.
Na semana passada, o índice era de 15%. E na semana retrasada, era de 0% de ômicron.
A taxa de positividade nos testes também cresceu rápido. Nas últimas 3 semanas, foi de 0,6% para 8%.
A Mendelics faz testes para redes de farmácias. A pessoa física compra o kit do teste nos locais, faz a coleta em casa, e o laboratório retira.
FONTE; G1