Gasolina a R$ 5,57 gera fila em posto de combustível de Fortaleza

Autor: admin
Data: setembro 10, 2021

Em Fortaleza, o preço médio do litro da gasolina é de R$ 5,93; em postos pode chegar a R$ 5,99.

Em busca de preços mais baixos de gasolina, motoristas de Fortaleza fizeram fila em um posto de combustível na Avenida Barão de Studart, no Bairro Dionísio Torres. O local cobra R$ 5,57 por litro de gasolina. Na cidade, o preço médio do litro da gasolina é de R$ 5,93, mas em alguns postos o litro do produto pode chegar a R$ 5,99.

Por volta das 16h da quinta-feira (10), havia cerca de 20 carros no local com motorista em busca de um preço mais barato da gasolina, sofre aumento em todo o país.

No Ceará, desde o início do ano, o preço médio do litro de gasolina subiu R$ 1,28. Em janeiro deste ano o preço médio era R$ 4,75; em agosto, o litro do produto custa, em média, R$ 5,93 nos postos do estado, conforme pesquisa da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP).

Preço médio da gasolina no Ceará subiu R$ 1,28 no Ceará entre janeiro e setembro de 2021 — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Preço médio da gasolina no Ceará subiu R$ 1,28 no Ceará entre janeiro e setembro de 2021 — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Preço em alta na capital e interior

Na mais recente pesquisa da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) realizada na última semana apontava que o preço médio do produto custava R$ 5,99. Há duas semanas, o preço era R$ 5,93. A pesquisa foi realizada em 202 postos de combustível do estado.

Os preços foram coletados entre os dias 29 de agosto e este sábado (4), data em que foi divulgada a pesquisa.

Sobral tem o preço mais caro do estado, onde os estabelecimentos vendem o litro da gasolina por até R$ 6,71. Já o mais barato é em Fortaleza, onde o combustível custa a partir de R$ 5,59.

Confira na tabela abaixo o preço médio, mínimo e máximo da gasolina nas cidades do Ceará pesquisadas pela ANP.

Preço da gasolina em cidades do Ceará

CidadeNúmero de postos pesquisadosPreço médioPreço mínimoPreço máximo
Caucaia215,955,856,09
Crateús76,456,296,62
Crato106,166,096,29
Fortaleza1015,935,595,99
Iguatu96,376,256,39
Itapipoca66,336,326,35
Juazeiro do Norte106,065,596,19
Limoeiro do Norte66,376,366,37
Maracanau105,985,975,99
Quixada85,965,896,06
Sobral146,206,096,71

Fonte: ANP

Preços não param de subir

Composição dos preços — Foto: Economia G1

Composição dos preços — Foto: Economia G1

Os preços de combustíveis no Ceará e no Brasil tiveram seguidos aumentos nos últimos meses. Para explicar a disparada, primeiro é preciso entender como os preços da gasolina e do diesel são definidos. A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda.

Outros fatores que explicam os aumentos são:

  • Dólar em alta: O principal ‘motor’ das altas da gasolina e do diesel vem sendo o real desvalorizado. Até esta quarta-feira (25), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 0,46% sobre o real este ano. Em março, no entanto, essa valorização chegou a 11%.
  • Preço do petróleo no mercado externo: Há ainda um fator adicional de pressão. O valor do combustível também é influenciado pela recuperação da cotação do petróleo no mercado internacional. Depois do choque provocado pela pandemia de coronavírus, a economia global deve ter um crescimento robusto neste ano, o que aumenta a busca pela commodity e, consequentemente, ajuda a puxar os preços para cima.
  • Política de preços da Petrobras: No governo Michel Temer, a Petrobras alterou a sua política de preços de combustíveis para seguir a paridade com o mercado internacional. Os preços de venda dos combustíveis praticados pela estatal passaram a seguir o valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Dessa forma, uma cotação mais elevada da commodity e/ou uma desvalorização do real têm potencial para contribuir com uma alta de preços no Brasil, por exemplo.
  • Tributação: Uma das principais acusações correntes sobre a alta de preços está relacionada ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – o ICMS. O imposto estadual, de fato, tem grande peso sobre o valor na bomba. A alíquota varia entre os estados: no caso da gasolina, chega a 30% em alguns locais.

FONTE: G1