
Dr. Cabeto afirmou que dados afirmam que essa fase da doença está acometendo pacientes por 14 dias. Cenário anterior era de 7 a 10 dias.
O número de casos confirmados da nova variante brasileira da Covid-19, cuja primeira identificação foi realizada em Manaus, está subindo no Ceará. De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, das 27 amostras já analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará, 19 eram da nova cepa. O que representa 70% das análises já realizadas. Segundo ele, há 190 notificações encaminhadas para fazer o sequenciamento viral.
Conforme Cabeto, a variante em questão está relacionada a um comportamento epidemiológico distinto do que vinha ocorrendo no Ceará. O estado vem apresentando aumento no número de casos e óbitos provocados pelo coronavírus e já está próximo do limite na ocupação de leitos de UTI, apesar da maior disponibilização das autoridades sanitárias.
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70% das análises de sequenciamento feitas na Fiocruz Ceará apontam a presença da cepa de Manaus — Foto: Camila Lima/SVM
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“Já temos dados nas nossas análises que mostram que esses pacientes têm o tempo de inflamação, ou seja, aquela segunda fase da doença – que é inflamatória, em que as pessoas têm pneumonia e vão pro hospital – é mais longa. Anteriormente, estávamos em 7, 10 dias, agora já estamos falando em 14 dias”, explicou.
Na visão do secretário, o maior tempo de inflamação pode aumentar o risco do paciente e sobrecarregar o sistema de saúde, que já está praticamente no seu limite, chegando a registrar recordes de atendimentos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Fortaleza e nos hospitais do interior do Ceará.

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Aumenta atendimento nas UPAS de Fortaleza, em janeiro
O titular da Secretaria da Saúde ainda afirmou que há transmissão comunitária dessa nova cepa em Fortaleza e, em geral, quando isso acontece na capital, é possível que a variante se estenda ao interior. “Essa transferência de cepas para o interior acontece do mesmo jeito que das outras formas. Por esse motivo, as barreiras sanitárias, que também vamos recomendar a alguns municípios”.
FONTE: G1